Em meados de 2007, o mercado brasileiro de latas para bebidas começou a ter um intercâmbio maior com o mercado internacional, e a observar tipos de impressões diferentes das que, até então, eram feitas no Brasil. Logo, é introduzido no mercado nacional um tipo de impressão de alta definição que na Europa também começava a ser utilizada em larga escala. Anteriormente, as novidades lançadas no mercado mundial levavam certo tempo para que fossem introduzidas nas indústrias brasileiras.
Em alguns momentos, fabricantes do Brasil conseguiram produzir mais impressões em alta definição que os parceiros de outros países. A partir da mesma época, diferentes tintas e vernizes são introduzidos no mercado nacional após serem observados no exterior. Em seguida, as tendências internacionais começaram a ser adaptadas para o mercado brasileiro. O movimento seguinte foi o de desenvolver processos nacionais que passaram a ser exportados.
Uma das ações que contribuíram para o nivelamento da indústria brasileira de produção de latas para bebidas em relação à produção internacional foi uma estratégia de trabalho por meio da qual, todos os anos, reúnem-se no Brasil fabricantes, fornecedores de tintas, de vernizes e de tecnologias de impressão para que tragam suas respectivas ideias inovadoras. Esse processo de inovação tem três pilares importantes: ideias próprias dos fabricantes, dos fornecedores e dos consumidores.
Em 2012 a Coca-Cola trouxe ao Brasil uma demanda para que os fabricantes desenvolvessem um processo tecnológico que permitisse à empresa lançar no mercado nacional a campanha da “Coca-Cola Zero Nomes”. Essa necessidade gerou uma ideia desenvolvida localmente, uma tecnologia que permite produzir em um mesmo palete de latas 24 tipos de rótulos diferentes. Cada palete comporta oito mil unidades.
Atualmente, latas dessa campanha estão disponíveis em uma mesma gôndola de supermercado com pelo menos 24 nomes diferentes misturados. Antes de 2012, isso era impossível de fazer porque só havia a possibilidade de imprimir grandes lotes com um só nome. Na distribuição do produto, os rótulos diferentes não estariam juntos à disposição do consumidor. Na primeira promoção da Coca-Cola Zero foi possível produzir 70 nomes diferentes, hoje já existe capacidade para oferecer mais de 250 nomes diferentes.
O objetivo desse processo de impressão é permitir que os fabricantes de bebidas usem a lata em caráter promocional, permanente e com escala comercial. A partir dele podem ser desenvolvidas ações promocionais direcionadas ao consumidor final. Hoje a lata é uma das chaves nessa estratégia e consegue ser um produto que atende às necessidades do envasador, e aos anseios dos consumidores. O que aumenta o consumo e gera mais volume para toda a cadeia produtiva do setor.
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