26-08-2019

Reciclagem – um ciclo virtuoso

 

Desde o início da produção das latas de alumínio para bebidas, a reciclagem se mostrou uma das grandes vantagens da embalagem. A Reynolds contava com um centro próprio de reciclagem e as ações educativas sempre fizeram parte do trabalho de popularização da lata. A latinha tem o menor impacto ambiental relativo entre todas as embalagens para bebidas, e isso se deve a fatores como: menor gasto de energia por litro envasado, menor utilização de água na produção da embalagem, menor risco para o catador de materiais recicláveis e o seu formato inovador, que permite eficiência no armazenamento e no transporte. Além disso, os altos índices de reciclagem diminuem, por exemplo, o consumo de matérias-primas e de energia, e reduzem drasticamente a emissão de gases de efeito estufa.

 

A lata trouxe consigo ao país o conceito de sustentabilidade e promoveu a criação de um modelo de logística reversa próprio brasileiro, responsável pela inserção de milhares de famílias no mercado de trabalho, que passaram a ter na coleta das latinhas sua principal fonte de renda. Último levantamento da Abralatas e da Associação Brasileira do Alumínio (Abal) mostra que, somente na etapa de coleta da latinha, 1,2 bilhão de reais foi injetado diretamente na economia brasileira em 2017.

 

Embalagem para bebidas mais reciclada em todo o mundo, a lata de alumínio bate recordes no Brasil desde 2001. Levantamento da Abralatas e da Abal mostra que o índice de reaproveitamento das latas colocadas no mercado é superior a 90% desde 2004. Os números apresentados em 2017, por exemplo, indicam que 296 mil toneladas das latas comercializadas naquele ano foram recicladas – um índice de 97,3%.

 

Coordenador do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), Roberto Laureano da Rocha explica que essa embalagem sempre teve contribuição relevante na receita obtida pelas cooperativas, que surgiram exatamente em 1989. “Quando eu comecei a coletar, a primeira coisa que eu procurava era a latinha, porque é um material que tem valor, que garante a renda do catador”, conta Laureano. “A lata sempre teve um papel significativo no complemento da renda, viabilizando a coleta de outros materiais”, conclui.