21-06-2011

Pulando processos

Desde que começou a ser produzida no Brasil, há pouco mais de 20 anos, a lata de alumínio sempre esteve vinculada a programas de reciclagem. O objetivo da indústria era garantir o fornecimento de matéria-prima, mas também foi uma solução de caráter ambiental e de economia de energia. Surgia ali um modelo inicial de logística reversa, previsto na atual Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Como a maior parte da energia consumida no processo da fabricação da lata é justamente na transformação do minério em chapas de alumínio e o reaproveitamento da embalagem pula esta fase, a reciclagem gera uma economia de 95% no consumo de energia elétrica. A reciclagem de uma simples lata de bebida economizaria energia suficiente para manter um aparelho de televisão ligado por três horas.

O volume de latas recicladas anualmente no Brasil – cerca de 200 mil toneladas – representa uma economia de 2.922 GWh ou 0,8% da energia total consumida no país. Seria suficiente para atender a demanda anual de uma cidade de mais de 1,2 milhão de habitantes, por exemplo, Guarulhos-SP.

Previsão para 2011

Se os números de 2010 são reveladores – aumento de 123% na exportação de bauxita e de 229% na importação de alumínio primário – a previsão para 2011 serve ainda mais de alerta para o que pode ocorrer no país. Estimativa da Abal aponta para novo crescimento elevado, desta vez de 107%, na importação de alumínio pelo país, em relação ao volume importado no ano passado. Isto significa 114,7 mil toneladas do material, parte dele produzido, provavelmente, a partir de bauxita brasileira. Um aumento de 582% em dois anos.

Para atender à demanda interna, houve redução nas exportações brasileiras de alumínio primário e ligas. Segundo a Abal, a estimativa é de que no final de 2011, o Brasil exporte 493 mil toneladas do produto, uma queda de 34,6% em relação ao volume exportado em 2009.

>> Notícias da Lata - Edição 37

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