24-06-2013

Produção sustentável

Fabricantes de lata de alumínio apresentam seus programas internos de reciclagem e de reaproveitamento dos resíduos do processo produtivo

Além de trabalharem com um produto infinitamente reciclável, os fabricantes de lata também apostam em programas internos de sustentabilidade, que englobam coleta seletiva, eficiência energética, recuperação e tratamento da água usada no processo produtivo e diminuição da emissão de CO2 . Dentre muitas outras ações para proteger o meio ambiente, os fabricantes incluíram no processo produtivo medidas para aumentar ainda mais a sustentabilidade das latinhas e cumprirem os requisitos legais descritos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

A Latapack-Ball, por exemplo, possui metas que visam a melhoria da eficiência de seu processo produtivo com um menor consumo de insumos como água, gás natural, energia elétrica, ao mesmo passo em que se reduz a emissão de compostos orgânicos voláteis e a geração de resíduos, evitando o envio para aterro sanitário ou industrial. Uma das linhas de frente da empresa é a destinação alternativa dos resíduos sólidos de maior geração das fábricas, como o iodo industrial e o resíduo orgânico, a receptores finais que não sejam aterros. Segundo Jorge Bannitz, diretor comercial da empresa, estes projetos estão em desenvolvimento em todas as unidades da Latapack-Ball.

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Jurandir Oliveira, gerente de EHS, Pedro Toledo, gerente de Operações e Davi Marques, engenheiro ambiental. Funcionários da Latapack-Ball com o resultado do projeto de reaproveitamento de resíduo da produção

“Temos o aproveitamento do iodo industrial por meio do coprocessamento para a fabricação de tijolos em cerâmicas, que consiste no envio desse resíduo, subproduto das estações de tratamento de efluentes industriais, para indústrias cerâmicas. O iodo, que neste caso apresenta um elevado teor de umidade, é incorporado à massa bruta do processo cerâmico (argila, barro e outros compostos minerais) e, assim diluído, proporciona uma liga para o material que será transformado em tijolos. Outro programa é o aproveitamento do resíduo orgânico (proveniente dos restaurantes e atividades de jardinagem da empresa) enviando-o para a compostagem e fabricação de adubo orgânico”, afirma Bannitz.

A Crown Embalagens também definiu metas importantes para reduzir ao máximo a geração de resíduos, contribuir com o meio ambiente e atender as exigências da PNRS ainda em 2013. “Nosso objetivo é eliminar o envio de baldes de tintas para incineração/aterro, desenvolvendo receptores deste tipo de resíduo que façam a reciclagem; eliminar o uso do solvente Metil Etil Cetona em todas as operações do Brasil; reduzir a geração de iodo de ETE (estação de tratamento de efluentes) em 30% no Brasil e, em seguida, buscar melhorar a qualidade do iodo gerado e viabilizar a utilização em outras aplicações como, por exemplo, a reciclagem para extração de compostos metálicos; acabar com a destinação de resíduo orgânico para aterros, buscando parceiros para a compostagem; terminar com a destinação de óleo para coprocessamento, garantindo a destinação para refino em todas as operações do Brasil; e, por fim, extinguir o descarte de 2000 pallets de madeira por ano na nossa fábrica de tampas”, declara Rinaldo Lopes, presidente da Crown Embalagens.

A Rexam, por sua vez, possui em todas as suas unidades programa de gestão de resíduos sólidos e Estações de Tratamento Biológicas que, por meio de processo de decomposição, usam os efluentes provenientes do tratamento físico-químico e transforma o esgoto em afluentes tratados dentro dos parâmetros ambientais para descarte sem danos ao meio ambiente.

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Estação de efluentes da Rexam

“A Rexam visa minimizar os impactos causados ao meio ambiente reduzindo não só a quantidade de resíduos gerados, mas também diminuindo a quantidade de material consumido — água, energia elétrica, vernizes, entre outros —, ou seja, focando na reutilização, redução e reciclagem. Só no ano de 2012, os esforços do Grupo Rexam resultaram em uma economia de CO² equivalente à emitida por 6.727 carros, além de economia de energia suficiente para abastecer 5 mil casas”, afirma Carlos Medeiros, presidente da Rexam América do Sul.

Para o diretor executivo da Abralatas, Renault Castro, não faria sentido alguém produzir uma embalagem sustentável, como a lata de alumínio, sem ter essa visão desde o chão de fábrica. “Tratamos a questão ambiental como um todo, buscando a redução e o reaproveitamento máximo dos resíduos pós produção. É uma situação de mesmo grau de importância que a posição de reaproveitamento da embalagem, a qual possui índice de reciclagem que há anos está próximo de 100% e é o maior do mundo”.

>> Notícias da Lata - Edição 50

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