24-06-2013

Legítima e segura

Estados Unidos reconhecem cachaça como produto genuinamente brasileiro

Depois de mais de dez anos de negociações, o Alcohol and Tobacco Tax and Trade Bureau (TTB) – órgão do governo americano especializado no comércio de álcool e tabaco – publicou registro reconhecendo a cachaça como produto genuinamente brasileiro. Com a medida, a “branquinha”, como é conhecida no Brasil, deixará de ser vendida como Brazilian Rum e atenderá pelo nome de Cachaça.

“A cachaça, quando importada pelos Estados Unidos, se enquadrava na classificação tarifária de outras bebidas, ou seja, era classificada genericamente como destilado. A partir do reconhecimento ganha-se identidade, fundamental para ganhar mercado”, afirma Vitória Cavalcanti – Diretora de Comércio Exterior da cachaçaria Pitú.

A aguarjornal_noticias_da_lata_n.50_2013.indddente brasileira há tempos caiu no gosto não apenas de brasileiros, mas de americanos, alemães, portugueses, gregos, espanhóis, belgas, italianos, suíços, franceses, ingleses, turcos e irlandeses. A aceitação é tamanha que os fabricantes da bebida tiveram que inovar para se adaptar ao gosto do cliente no que se refere às formas de consumo e praticidade. “Atualmente, as principais cachaçarias do Brasil oferecem a bebida em latas de alumínio de diferentes formatos. A venda da bebida em lata cresceu cerca de 40% nos últimos seis anos”, afirma Renault Castro, diretor executivo da Abralatas.

A mais recente novidade é da cachaçaria Ypióca, que lançou a bebida da marca com guaraná, em lata no formato sleek. O lançamento aconteceu em maio durante o Congresso de Gestão e Feira Internacional de Negócios em Supermercados (Apas 2013), evento que reúne a cadeia supermercadista nacional e mundial para apresentar as novidades e tendências do setor varejista. Segundo a Ypióca, a bebida combina ingredientes brasileiros: a cachaça e o guaraná e a nova embalagem é moderna e ideal para eventos.

Produto original – Outro exemplo do uso das latinhas para a venda de cachaças é a Pirassununga 51 e a linha da 51 Ice. De acordo com Paula Videira, gerente de M
arketing da Cia. Müller de Bebidas, a versão da Cachaça 51 em lata atende a uma necessidade do consumidor da Região Nordeste do país, que encontrou neste tipo de embalagem uma opção segura e garantida de adquirir um produto original. A Cachaça 51 é oferecida nas latas de 350 ml desde 1998 e 473ml (latão) a partir de 2008.

Já a 51 Ice é distribuída em lata tradicional em cinco sabores: limão, balada (com extrato de guaraná), frutas vermelhas, jornal_noticias_da_lata_n.50_2013.inddmaracujá e kiwi. “Estes produtos são direcionados para locais onde a entrada do vidro é proibida”, afirma Paula Videira.

A Pitú começou a oferecer a bebida em lata em 1985 e a partir de 1991 vieram as latas de alumínio. Atualmente, a cachaçaria
oferece os sabores Pitú Limão e Pitú Cola nos formatos 350ml e 473ml. A empresa anuncia novidades para este ano. Em breve haverá o lançamento do superlatão, com 710ml.

O Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) prevê que o reconhecimento vai impulsionar as exportações. De acordo com o órgão, são vendidos para o mercado americano 700 mil litros por ano. Segundo informações da cachaçaria Pitú, os EUA são o segundo maior mercado importador da cachaça brasileira, perdendo apenas para a Alemanha.

O mercado nacional tem capacidade de produção de 1 bilhão de litros, mas produz cerca de 700 milhões de litros por ano. As mais de 4 mil marcas nacionais movimentam cerca de R$ 2 bilhões anualmente.

 

 

>> Notícias da Lata - Edição 50

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