05-08-2015

Produção descentralizada impulsionou o uso de latas

Além do aumento permanente da capacidade de produção para atender à demanda crescente do mercado e da ampliação das linhas para fabricação de latas de alumínio para bebidas em diversos formatos, outro fator tem orientado, ao longo dos anos, os investimentos dos três produtores instalados no país: a descentralização das unidades fabris. A decisão empresarial forneceu novas alternativas aos fabricantes de bebidas, que mudaram o perfil de envasamento e ampliaram a participação da lata entre as embalagens utilizadas. Melhor para o consumidor.

Para o presidente executivo da Abralatas, Renault Castro, a descentralização da produção foi uma decisão estratégica dos fabricantes que permitiu o aumento do consumo da embalagem, mas também fortaleceu sua imagem de sustentabilidade. “Quando a indústria se aproxima geograficamente de seus clientes, no caso os envasadores de bebidas, o consumo de combustível se reduz, por exemplo. Ou seja, há uma queda nas emissões de gases de efeito estufa. Isso sempre é positivo”, avalia.

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Desde a primeira unidade fabril, há 25 anos, construída em Pouso Alegre (MG), a preocupação era estar perto dos fabricantes de bebidas, que se concentravam também na região Sudeste. Havia poucos anos que o país tinha se tornado autossuficiente na produção de alumínio primário, tornando viável a fabricação da latinha.

Após a primeira fábrica instituída pela Latasa (hoje incorporada à Rexam), em outubro de 1989, outras seis unidades foram construídas pela empresa entre 1991 e 1996, já com uma visão de descentralização: Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.  Em 1996, dois gigantes mundiais do setor se instalaram no país. A Crown Embalagens construiu sua primeira unidade em Cabreúva (SP) e a American National Can (ANC) em Extrema (MG). No ano seguinte, a Latapack-Ball – uma joint venture da americana Ball Corporation com Grupo PIN (Latapack S/A) – chegou ao Brasil com operações em Jacareí (SP). A ANC seria adquirida pela Rexam no ano 2000.

Com o sucesso da embalagem, cuja participação de mercado crescia a taxas de 30% ao ano, as três empresas (Rexam, Crown e Latapack-Ball) expandiram suas atividades no Brasil. Logo vieram as fábricas na Bahia (Alagoinhas, Simões Filho), Sergipe (Estância), Piauí (Teresina), Amazonas (Manaus), Pará (Belém), Mato Grosso (Cuiabá) e Paraná (Ponta Grossa), disponibilizando a embalagem em todas as regiões do país.

Atualmente são 20 unidades à disposição dos envasadores, com capacidade para produzir 28 bilhões de latas de alumínio para bebidas, a terceira maior fabricação do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.

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