05-08-2015

Inovações adaptadas ao mercado brasileiro

Produzidas há mais de 25 anos no Brasil, as tradicionais latinhas de alumínio usadas como embalagem para diversos tipos de bebidas recebem cada vez mais investimentos em pesquisa e desenvolvimento. O objetivo é continuar a oferecer alternativas para alavancar as vendas dos produtos que utilizam esse tipo de embalagem e com sustentabilidade ambiental.

 

É fato reconhecido pelo mercado de bebidas que o uso de latas como embalagem preserva o sabor original dos produtos e facilita as logísticas reversa e de distribuição, entre outras vantagens. O uso de novas tecnologias permite, por exemplo, o desenvolvimento de tintas especiais que “avisam” ao consumidor quando a bebida está na temperatura ideal para ser consumida.

Esse tipo de tinta, chamada termocrômica, gera uma percepção do cliente que pode ser explorada nas campanhas publicitárias e de marketing das bebidas oferecidas. Ela foi usada pela primeira vez no Brasil em 2000, mas de uma forma muito limitada. Em seguida, essa tinta passou a ser usada em outros produtos além da cerveja.

Desenvolvida na Europa, teve que ser adaptada ao mercado brasileiro, pois aqui a temperatura ideal para degustação de cerveja é bem mais baixa do que na Europa. No Brasil, os fabricantes conseguiram produzi-la de forma contínua e não somente para ações promocionais. Um exemplo disso são as edições comemorativas de eventos culturais e esportivos como Copa do Mundo Fifa de Futebol e festivais de música. Novas tecnologias de impressão podem agregar ao produto maior capacidade de comunicação.

“As latas com pinturas estilizadas e formatos diferenciados ocupam cada vez mais espaço no mercado. Existe um perfil de consumidor que compra um produto de sua preferência também por identificar-se visualmente com a lata”, explica Renault Castro, presidente executivo da Abralatas.

Existem tintas que são prioritariamente usadas para diferenciação do produto no momento da venda, como a tinta UV, que faz a lata brilhar no escuro quando exposta à luz ultravioleta, a conhecida luz negra das casas noturnas. Muito utilizada em energéticos, essa tinta destaca-se, por exemplo, para diferenciar o produto que o funcionário da casa noturna vai pegar no freezer e no escuro, além de facilitar a identificação da bebida no momento em que é consumida.

Outro produto que vem ganhando espaço é o verniz tátil que torna a superfície da lata mais áspera. Fornece um diferencial para a marca e agrada ao consumidor, pois torna mais fácil segurar a embalagem quando ela está muito gelada.

 

formatos

 

Segurança e sustentabilidade

Desde o início, os fabricantes de latas têm procurado soluções para aumentar a competitividade da embalagem e, ao mesmo tempo, reduzir custos. Uma inovação importante, especialmente para o meio ambiente, foi o aproveitamento máximo da chapa de alumínio, dentro de adequados limites de segurança. Desde 1995, por exemplo, foi possível tecnologicamente fazer mais latas com a mesma quantidade de alumínio. Naquela época, para cada quilo de alumínio era possível produzir 60 latas. Utilizando estudos e tecnologia, hoje se faz 77 embalagens com a mesma quantidade de alumínio.