30-09-2011

Crescimento desacelerado

A pesar da queda da temperatura e do aumento do preço de diversos produtos no primeiro semestre do ano, o consumo de bebidas em lata de alumínio apresentou um crescimento de 2,1% sobre o resultado do mesmo período de 2010. “Houve uma desaceleração do crescimento, mas não é um aumento desprezível. O volume de vendas no ano passado foi surpreendentemente elevado e esse teto foi superado”, comentou o diretor executivo da Abralatas, Renault Castro.

Além do aumento de preços no setor de bebidas, provocado principalmente pelo repasse de impostos, e do período de chuvas e frio no primeiro semestre, maior do que o comum, outro fator contribuiu para impedir um resultado melhor para a lata. O presidente da Abralatas e da Crown Embalagens, Rinaldo Lopes, lembra que algumas envasadoras importaram a embalagem, aproveitando a redução de impostos estabelecida no ano passado. “Não fosse isso, o crescimento do setor teria sido pelo menos o dobro”, analisou.

Segundo Renato Estevão, diretor da Rexam, o primeiro trimestre ainda teve números robustos de crescimento, mas o movimento de aumento de preços de bebidas desestimulou o consumidor no segundo trimestre. “Houve também uma infação de alimentos e quando isso ocorre, impacta a cesta de compras e o consumidor tem de optar, limita seu poder de compra”.

Entre janeiro e junho, o Brasil consumiu mais de 8,2 bilhões de latas de bebidas de diversos tamanhos. “Temos que lembrar, ainda, que o consumo elevado do ano passado teve um fator adicional, chamado Copa do Mundo. Mesmo assim, sem um evento deste porte e com todos os outros inibidores de consumo, como o frio e o preço, as vendas de latas fcaram acima do recorde anterior”, disse Renault.

Para Rinaldo, já há indícios de que o mercado de bebidas esteja retomando a normalidade neste segundo semestre, o que deverá elevar o volume de venda de latas. “Nossa estimativa é que o setor termine o ano com um crescimento entre 6 e 8%. Por isso os fabricantes mantiveram o compromisso de aumentar a capacidade de produção. A demanda estará atendida pelo menos para os próximos dois anos”.

>> Notícias da Lata - Edição 39

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