30-09-2011

Consumo de bebidas cai, participação da lata aumenta

O consumo de latas no primeiro semestre, desprezando as embalagens importadas no período, cresceu mais do que o consumo de bebidas. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (Abir), a produção de refrigerantes cresceu 1,4% no período. Não há informação do setor de cervejas, mas a Ambev, a maior fabricante do país, divulgou que o volume de venda da bebida no primeiro semestre foi 1,1% menor do que no mesmo período do ano passado.

De acordo com os dados da AC Nielsen, para o período de junho/julho de 2011, a participação da lata no mercado de cervejas subiu para 35,5% das embalagens, um aumento de 1,7% em relação ao índice do mesmo período de 2010. “Por diversos motivos, entre eles a variedade de formatos e tamanhos que se adaptam ao gosto do consumidor, a lata tem aumentado sua participação no mercado de cerveja”, analisa Renault Castro.

Desafios para o setor

O presidente do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), Victor Bicca, avalia que a PNRS representa um marco para o setor, mas ressalta que há dois grandes desafios a serem cumpridos: acabar com os lixões, compromisso que conta com a mobilização da iniciativa privada e tem data para 2014; e a implementação da coleta seletiva, que hoje existe em apenas 10% dos municípios brasileiros e requer uma mudança mais impactante, envolvendo também o consumidor. “A indústria da reciclagem de embalagens tem um potencial de geração de negócios de R$ 8 bilhões ao ano. No entanto, gera apenas R$ 3 bilhões. Estamos jogando fora R$ 5 bilhões por conta de destinação inadequada”, explica Bicca.

Peso  Tributário

A carga tributária que enfrentam as empresas do setor, cooperativas e associações de catadores também foi colocada na pauta de discussões. Severino Lima Junior, representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, defende que a desoneração seja feita à indústria que comprar diretamente de cooperativas e não de atravessadores (intermediários). Já Bicca defendeu que a isenção seja expandida para todos os segmentos. “Deve-se aproveitar a criação de grupos de trabalho da PNRS e levar com mais força as reivindicações ao Ministério da Fazenda”.

>> Notícias da Lata - Edição 39

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