04-11-2011

Ciclo de Debates Abralatas 2011: Caminhos para economia verde

Responsável pelo maior índice de reciclagem do planeta, a lata de alumínio indica os passos para o desenvolvimento com redução da miséria e do impacto ambiental

Os caminhos do país para desenvolver sua economia verde e o comportamento sustentável do consumidor brasileiro foram os temas da última etapa do Ciclo de Debates Abralatas 2011, realizado em outubro em Brasília, na Câmara dos Deputados. Os participantes do evento conheceram os dados da pesquisa mundial da National Geographic sobre consumo consciente e colocaram em debate a necessidade de desenvolvimento com redução de impacto ambiental e melhoria das condições de vida da população.

“Não há sentido em falar de Economia Verde sem falar em redução da pobreza, acompanhada de benefícios ambientais e ganhos de efciência produtiva. Só assim estaremos falando realmente em Sustentabilidade”, afrmou Rinaldo Lopes, presidente da Abralatas, na abertura do evento. Para ele, a história da lata de alumínio no país é um exemplo que pode ser seguido para valorizar o papel do catador de materiais recicláveis e estimular sua capacitação e organização em cooperativas.

“Podemos contribuir ainda mais com a sustentabilidade se agregarmos ao debate a experiência de um dos mais bem sucedidos modelos de logística reversa do mundo, o da lata de alumínio. Um modelo que hoje funciona de modo absolutamente autônomo, que ajudou a viabilizar a reciclagem de outros materiais e que sempre teve como personagem central o catador de materiais recicláveis”, disse o presidente da Abralatas.

O ex-deputado Fernando Gabeira manifestou preocupação em relação à ingerência do governo em questões que podem repercutir sobre as condições ambientais. Para ele, “se o governo não atrapalhar, já estará dando uma grande ajuda”.

Gabeira lembrou que, como deputado, discutiu várias vezes a reforma tributária, sem que, até hoje, alguma mudança tenha acontecido neste sentido. E entende que uma revisão da política tributária brasileira deve privilegiar atividades voltadas para o desenvolvimento de uma economia verde. Criticou, por exemplo, “a voracidade tributária sobre a energia elétrica”, que é limpa e abundante no país.

Também o diretor executivo da Abralatas, Renault Castro, defendeu um tratamento mais isonômico para os produtores de alumínio e de latas de alumínio. “Não queremos privilégios, mas que o setor tenha isonomia em relação a outros tipos de embalagens e que a cadeia de reciclagem seja desonerada”.

>> Notícias da Lata - Edição 40

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