09-02-2018

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Retomada da economia e do consumo garantiu resultados expressivos para a lata de alumínio em 2017. A realização de grandes eventos anima o setor

O país fechou 2017 com notícias mais animadoras na economia, com a expectativa de crescimento próximo de 1% do Produto Interno Bruto, depois de dois anos de retração. A melhora do consumo foi sentida claramente na indústria de latas de alumínio para bebidas, que cresceu 4,9% no ano passado, recuperando-se da queda verificada em 2016 (4,1%). “Os números foram muito bem recebidos pelo setor, que vê 2018 com mais otimismo, principalmente pela realização de grandes eventos no ano. Tradicionalmente, são excelentes momentos para o consumo de bebida”, avalia Renault Castro, presidente executivo da Abralatas.

Um dos pontos-chave para 2018, apostam os fabricantes, é a Copa do Mundo de Futebol. Mesmo sendo realizada na Rússia, ocorre durante o inverno brasileiro, período que tradicionalmente registra um consumo de cerveja abaixo da média. Por conta da transmissão dos jogos, a venda de bebidas em junho e julho acaba se equiparando a meses de verão, ampliando a média anual.

Para Renault, a vantagem da lata nesses momentos não se restringe ao fato de ser a embalagem que gela mais rápido ou que apresenta maior comodidade na compra e no armazenamento, ou ainda, que garante mais segurança em ambientes públicos. “Temos um diferencial importante, a possibilidade de impressão de rótulos especiais em toda a superfície da embalagem, com temas comemorativos da Copa do Mundo”, destaca, lembrando que a reciclagem também é fator que valoriza o uso da lata em relação a outras embalagens.

“Em 2018 teremos mais feriados e também será um ano de eleições, fatores que tradicionalmente favorecem o consumo de bebidas”, destaca Wilmar Arinelli, presidente da Crown Embalagens. “A inflação está baixa, as famílias menos endividadas e o desemprego, embora ainda alto, decresceu”, reforça, demonstrando otimismo.

O presidente da Ball, Carlos Pires, vê com cautela o crescimento do setor em 2018, mas também expõe boas perspectivas. “Os principais fatores serão a consolidação da retomada econômica, com juros baixos, melhora do emprego e o consumidor ganhando ainda mais confiança. A Copa do Mundo e as eleições também devem ajudar a movimentar o mercado e a injetar mais dinheiro na economia.”

O presidente da Ardagh, Jorge Bannitz, lembra que eventos como o Mundial da FIFA, além de reduzir a sazonalidade do setor, com aumento das vendas no inverno, acaba estimulando o consumo de embalagens maiores. Com a expectativa de repetir os bons números de 2017, a Ardagh planeja investir na produção. “Em abril inauguraremos nossa nova unidade de tampas em Manaus (AM), a mais moderna do mundo. Além dessa inauguração, investimentos adicionais em capacidade poderão ser feitos caso o mercado apresente crescimento expressivo”.

Recém-chegada, a fabricante CanPack Brasil também aposta na recuperação da economia e prevê um aumento na demanda por latas de alumínio. “Usamos o ano de 2017 para estruturar e preparar a empresa para os próximos anos. Atingimos todos os nossos objetivos, que foram mais operacionais que comerciais”, conta Paulo Dias, presidente da empresa. “Apesar da incerteza política, seguimos otimistas em relação a 2018”.

>> Notícias da Lata - Edição 77

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