10-05-2011

Segurança para o mercado

Fabricantes de latas de alumínio para bebidas confirmam investimentos de R$ 1,3 bilhão e garantem fornecimento

Com um consumo crescendo anualmente acima de dois dígitos há cerca de cinco anos – o aumento de 2010 chegou a 16,9% sobre o ano anterior -, a indústria da lata de alumínio ampliou os anunciados investimentos no país. A todo o momento, ampliações de linhas de produção e novas fábricas são confirmadas, elevando o investimento total de 2010 a 2012 para R$ 1,3 bilhão.

Na prática, os três fabricantes instalados no país – Rexam, Crown e Latapack-Ball – estão dobrando a capacidade de produção que havia há dez anos. No primeiro semestre de 2012, o Brasil terá capacidade para produzir mais de 27,2 bilhões de latas por ano, 10 bilhões de unidades a mais do que foi consumido no ano passado. “Estamos investindo para suportar o vigoroso crescimento do consumo, baseado especialmente na melhoria da qualidade de consumo da nova classe C”, comenta Rinaldo Lopes, presidente da Abralatas.

Rinaldo acredita que o novo cenário que está sendo construído pelo setor evitará situações como a ocorrida no início de 2010, quando ocorreu falta de embalagens no mercado. “Houve um consumo superior ao que a indústria de bebidas previa e acabou ocorrendo um descompasso na produção, exigindo importação de latas. Isso não deve ocorrer mais”, garante.

O diretor executivo da Abralatas, Renault Castro, lembra que a indústria de latas investiu em novas unidades no país mesmo durante a crise internacional de 2008. “No ano da crise, vendemos 8,2% a mais. Houve uma percepção de que o consumo cresceria no país porque o cenário interno era bem favorável, com aumento de renda média da população. E não poderíamos deixar nossos clientes sem a embalagem necessária para atender a faixa de renda que mais cresceu”.

Rinaldo e Renault avaliam que outros fatores, como a oferta de novos tamanhos de lata e a conscientização ambiental do consumidor, têm colaborado para aumentar o uso da embalagem no país. “A globalização difundiu a preocupação sobre sustentabilidade. O consumidor vê na televisão, na Internet. Está consciente de sua responsabilidade sobre o impacto que produz no planeta e passa a cobrar respeito ao meio ambiente de forma mais contundente”, avalia Rinaldo Lopes.

>> Notícias da Lata - Edição 36

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