22-12-2017

Reciclagem sempre em alta

Índice de reaproveitamento da lata de alumínio para bebidas se mantém próximo a 100% desde 2004

O Brasil reciclou 280 mil toneladas de latas de alumínio para bebidas em 2016, reaproveitando 97,7% do volume comercializado. O novo índice de reciclagem da latinha, anunciado em outubro pela Abralatas e pela Associação Brasileira do Alumínio (Abal), é apenas 0,2 ponto percentual menor do que o número registrado em 2015, o que confirma a estabilidade do modelo adotado pela indústria.

Desde 2004, o índice de reciclagem da latinha se mantém acima de 90%, colocando o Brasil como referência mundial no reaproveitamento da embalagem. “Temos um modelo que gera economia de energia, reduz a emissão de gases de efeito estufa e – o que é mais importante – transformou a coleta de resíduos sólidos em uma atividade econômica, garantindo emprego e renda para milhares de trabalhadores”, avalia Renault Castro, presidente executivo da Abralatas.

De acordo com o coordenador do Comitê de Mercado de Reciclagem da Abal, Mario Fernandez, esse é um segmento cada vez mais representativo para a indústria, sociedade e meio ambiente. “A lata de alumínio para bebidas, cujo consumo chega a 110 unidades por brasileiro anualmente, responde por quase 50% do volume de sucata de alumínio recuperada no ano.”

Em 2016, a coleta de latas de alumínio para bebidas foi responsável por injetar R$ 947 milhões na economia nacional, o equivalente a 1,1 milhão de salários mínimos ou a remuneração de um salário mínimo por mês para toda a população de uma cidade com 90 mil habitantes. Se fosse uma empresa, o sistema de reciclagem de latas de alumínio estaria entre as 600 maiores do Brasil, de acordo com o ranking da publicação “Melhores e Maiores da Revista Exame”.

Um dos motivos do sucesso do modelo de reciclagem é justamente o valor da sucata de alumínio sobre outros materiais. O quilo da latinha descartada vale 33 vezes mais que o quilo do vidro e três vezes o preço da sucata de PET. “O valor do alumínio viabilizou a coleta de outros resíduos, pois garantiu uma renda certa para o catador de materiais recicláveis e para as cooperativas”, explica Renault.

Meio Ambiente – A análise do ciclo de vida da lata de alumínio para bebidas no Brasil, estudo realizado pelo Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea), confirma as vantagens da embalagem para o meio ambiente. Segundo a pesquisa, a reciclagem da lata de alumínio para obtenção de uma nova embalagem reduz substancialmente as emissões de C02 e o consumo de energia, entre outros benefícios, quando comparada à lata fabricada apenas com alumínio primário.

Além disso, a atividade de reciclagem consome apenas 5% de energia elétrica, quando comparada ao processo de produção do metal primário. Isso significa que a reciclagem das 280 mil toneladas de latas em 2016 proporcionou uma economia de 4.300 GWh/ano ao país, número equivalente ao consumo residencial anual de 6,7 milhões de pessoas, em dois milhões de residências.

>> Notícias da Lata - Edição 76

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