23-12-2021

Reciclagem da latinha no Brasil é exemplo para o mundo na COP 26

Em 16 anos, a reciclagem de latinhas de alumínio para bebidas no Brasil evitou a emissão de quase 20 milhões de toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera. Por ano, são aproximadamente 400 mil toneladas de alumínio que voltam para a cadeia produtiva de latas para bebidas com a sua reciclagem. Um índice médio que se mantém superior a 95% há mais de 15 anos. Dados como esses foram os que levaram a Abralatas e a Abal a representar o Brasil no pavilhão Brasil-Glasgow na COP26, com o case da reciclagem da latinha brasileira.

“Estamos no caminho certo! A reciclagem é apenas uma parte de nosso compromisso, mas através dela podemos gerar vários benefícios tanto ambientais, quanto sociais”, ponderou o presidente executivo da Abralatas, Cátilo Cândido, no painel que ocorreu no dia 4 de novembro. Além de Cândido, a apresentação contou com a participação da presidente da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), Janaina Donas; da secretária de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Beatriz Palatinus; e com a mediação do secretário de Qualidade Ambiental do MMA, André França. A transmissão ocorreu ao vivo do estúdio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em Brasília/DF, para o Pavilhão Brasil, em Glasgow.

 

Crescimento sólido e contínuo

Desde que chegou ao Brasil, em 1989, a lata de alumínio vem crescendo em números e também na reciclagem. “Somos o primeiro setor a reciclar em grande escala e fomos pioneiros também em pautar o tema da reciclagem no País”, orgulha-se Cândido.

Em 2020, com produção recorde de 32 bilhões de latinhas, o setor se manteve num patamar superior a 97% de reciclagem (veja infográfico). “É um case com números expressivos e ações concretas, não apenas conceitos qualitativos”, elogiou André França.

A presidente da Abal explicou que o setor de alumínio no Brasil, além da reciclagem, está trabalhando para a descarbonização elétrica e a redução de sistemas de abastecimento. “Se considerarmos os dados de redução de energia elétrica e o seu consumo, só na parte de reciclagem temos uma redução de 71%. Se olharmos toda a cadeia verticalizada esse número é ainda maior: estamos falando de uma redução de 95%. Isso é muito importante para o Brasil e para o mundo”, detalhou Donas.

Cátilo Cândido reforçou que esses ganhos não são apenas do setor, mas de toda a sociedade quando faz escolhas conscientes. “Na prática, são conquistas das pessoas em suas escolhas que são feitas nos mercados, bares e restaurantes.”

A apresentação do setor de latinhas na COP 26 pode ser conferida no Youtube, neste link.