Soluções sustentáveis para coleta seletiva de resíduos sólidos compõem o Painel Inovações, uma das novidades do Ciclo de Debates Abralatas 2013. Quatro projetos tecnológicos estarão expostos nos campi da UFMG, UFC e UFPR: o Cavalo de Lata, o Catafácil, o CATAsig e a Bolsa Reciclagem
O Cavalo de lata, criado pelo engenheiro Jason Vargas, é um carrinho elétrico que pretende acabar com o uso de cavalos que puxam carroças, auxiliar na melhoria do trânsito (com sinalização adequada), evitar a transmissão de doenças e proporcionar valorização dos trabalhadores da área de reciclagem e coleta de lixo. Feito com rodas de motocicleta, carroceria em aço de carbono, com capacidade para suportar 500 quilos de carga, o carrinho é movido a bateria elétrica (recarregável na rede elétrica de casa), com velocidade de 6 a 20km/h e com custo de R$ 0,01 centavo/km.
Outra novidade a ser apresentada no Ciclo de Debates são o Catafácil e o CATAsig, softwares de gestão criados para atender às
necessidades específicas das organizações de catadores. As ferramentas são responsáveis pela entrada, processamento e saída de informações relativas à gestão financeira, contábil e de produção. Tudo isso com interfaces extremamente amigáveis, tornando o uso intuitivo e de fácil aprendizagem. Segundo os desenvolvedores dos programas, os sistemas ajudam a profissionalizar a cooperativa. Com os documentos organizados e fornecidos diretamente pelo programa, fica muito mais fácil e rápido fazer pagamentos, prestação de contas para os catadores, gerar relatórios para parceiros, prefeituras e grandes geradores. Ou seja, aumenta a organização, a transparência e a autonomia dos catadores.
Já a Bolsa Reciclagem é um programa criado pelo Governo de Minas Gerais. A iniciativa propõe que as prefeituras compensem financeiramente cooperativas e associações de catadores que fazem separação, enfardamento e comercialização de papel, papelão, cartonado, plástico, metais, vidros, entre outros, e a consequente reintrodução de materiais recicláveis no processo produtivo. A remuneração dos serviços é calculada a partir de notas fiscais ou recibos emitidos por empresas compradoras de materiais recicláveis. Segundo o governo mineiro, mais de 1.100 catadores, de 58 organizações do Estado, receberam, até fevereiro de 2013, R$ 6 milhões como incentivo e reconhecimento de seu trabalho no terceiro e quarto trimestres de 2012.
O Painel Inovações também contará com a participação de universidades apresentando o mundo acadêmico como desenvolvedor de novas soluções para a coleta seletiva.
