08-06-2017

Estava escrito

Ciclo de Debates Abralatas destacará compromisso assumido pelo mundo em 92

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Um documento que completa 25 anos será um dos destaques do Ciclo de Debates Abralatas 2017, programado para o segundo semestre. O texto, assinado por representantes de 179 países, foi ao mesmo tempo um alerta global e o desejo de mudança no modelo de desenvolvimento econômico. A Agenda 21 Global, resultado dos debates da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992, realizada no Rio de Janeiro, já mostrava a necessidade de ações para estimular padrões sustentáveis de consumo e produção e apontava que isso só ocorrerá com uma política de preços ambientalmente saudável.

“Sem o estímulo dos preços e de indicações do mercado que deixem claro para produtores e consumidores os custos ambientais do consumo de energia, de matérias-primas e de recursos naturais, bem como da geração de resíduos, parece improvável que, num futuro próximo, ocorram mudanças significativas nos padrões de consumo e produção”, alertava o documento final da Rio 92.

Para o presidente executivo da Abralatas, Renault Castro, apesar do alerta da Agenda 21 Global, pouco foi feito nesses 25 anos para promover atitudes mais sustentáveis no consumo e nos modelos de produção. “Quando se fala em Tributação Verde, percebe-se ainda muita resistência. Mas essa solução está em um documento com um quarto de século que defende a utilização de instrumentos econômicos para estimular a mudança no comportamento de compra das pessoas.”

Realizado desde 2010 para promover a discussão de temas que possam estimular a produção e o consumo sustentáveis, tendo a Política Nacional de Resíduos Sólidos como pano de fundo, o Ciclo de Debates Abralatas deste ano trará ainda casos de sucesso de países que adotaram medidas de Tributação Verde. Estudos realizados pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) mostram resultados positivos em diversos setores (inclusive na área de embalagens) que podem ser aproveitados no Brasil.

“A Agenda 21 deu a orientação para uma mudança no padrão de desenvolvimento do mundo, com a construção de sociedades sustentáveis. Faltam ações práticas, especialmente dos governos, para conciliar crescimento econômico com bem-estar da população e preservação do meio ambiente. É o que defendemos”, afirmou Renault Castro.

>> Notícias da Lata - Edição 73

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