27-09-2016

Pra lá de Marrakech

Brasil ratifica compromisso com controle do aquecimento global e leva para COP 22 sua colaboração para uma economia de baixo carbono

unfccc-cop22

 

Às vésperas da COP 22, que este ano será realizada em novembro em Marrakech, Marrocos, o Brasil ratificou, em setembro último, o Acordo de Paris, apresentando o compromisso do país em estabelecer medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa nos próximos anos. O compromisso dos 197 países signatários é manter o aumento da temperatura média global em menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais, e fazer um esforço para ir além: limitar essa elevação da temperatura a 1,5°C.

No caso brasileiro, as medidas anunciadas pretendem reduzir 37,5% das emissões do país até 2025, em comparação com os dados de 2005. Para atingir sua meta de contribuição com o clima mundial, o Brasil se comprometeu, entre outras ações, a restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, promover o uso de bioenergia sustentável e alcançar uma participação estimada de 45% de energias renováveis na matriz energética do país até 2030.

A proposta brasileira foi aprovada em tempo recorde pelo Congresso Nacional antes de ser ratificada pelo presidente. “A agilidade raramente vista em matérias dessa natureza e a unanimidade em sua aprovação são reflexos da ampla participação e interesse da sociedade civil que vislumbrou as oportunidades que uma economia de baixo carbono pode proporcionar ao país”, avalia Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds).

Convidado pelo Ministério do Meio Ambiente, o Cebds participará de um evento oficial do Brasil na COP 22, cujo foco será financiamento. Nele será lançado o estudo da entidade sobre os desafios e as oportunidades das metas da iNDC brasileira (Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas, na sigla em inglês) por meio da coalizão internacional We Mean Business.

“A transição para uma economia de baixo carbono é algo que está nos planos de empresas dos mais diversos segmentos. Vimos isso claramente no Fórum Economia Limpa, evento realizado por nós em parceria com a Folha de São Paulo”, destaca o presidente executivo da Abralatas, Renault Castro. E completa afirmando que “um dos caminhos para reduzir as emissões de carbono é a implantação de um modelo tributário que leve em consideração o impacto ambiental de bens e serviços”.

>> Notícias da Lata - Edição 69

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