A nova instalação conta com capacidade de produção inicial de 700 milhões de latas por ano. Com investimento total de 80 milhões de dólares, a Crown Embalagens inaugurou nova fábrica em Estância, Sergipe. A unidade, que já começou a operar, pode suportar até duas linhas de produção de latas nos formatos tradicional (350 ml) e latão (473 ml). O lançamento da fábrica elevou a capacidade de produção da Crown no Brasil para mais de 3 bilhões de latas/ano.
O diretor comercial da empresa, Altair Frulane, diz que inicialmente a fábrica poderá produzir até 700 milhões de latas por ano e que desde fevereiro já está atendendo pedidos dos principais clientes que operam no Nordeste, como a Coca-Cola, AmBev, Kaiser e Schincariol. Frulane explica ainda que a expectativa é de produzir 450 milhões de latas neste primeiro ano, e em 2010 aproximar-se da capacidade total inicial.
O diretor comercial afirma que o projeto de ativação da segunda linha de produção da Crown em Estância ocorrerá de acordo com o crescimento do mercado do Nordeste. “Ainda não temos previsão de instalação da segunda linha de produção da fábrica, mas acreditamos que existe um importante mercado a ser explorado nessa região, pois o Nordeste está em franca expansão, o que tem feito a Crown apostar na região” ressalta Altair. A nova fábrica gerou aproximadamente 300 novos empregos diretos e indiretos na região. Toda a mão de obra contratada passou por um curso de capacitação durante um período de seis meses na unidade fabril da Crown em Cabreúva-SP.
Consumo de latas aumenta no Nordeste
Na região Nordeste do país a população está consumindo mais bebidas em lata. Enquanto o crescimento nacional da venda de latas em 2008 registrou uma média de 8%, quando comparado a 2007, no Nordeste esse aumento ficou em torno de 12% a 15%. São várias as causas desse crescimento.
O diretor comercial da Crown, Altair Frulane, destaca como o principal deles a melhoria da renda dos nordestinos nos últimos anos e a redução das desigualdades sociais, com a migração das classes D e E para a classe C, provocando maior movimentação nos negócios relacionados à lata. Ou seja, o aumento da capacidade de consumo leva a população do Nordeste a buscar produtos mais sofisticados.
Segundo ele, outro fator que impulsionou a venda da embalagem foi a diversifi cação dos formatos de latas como o Latão (473 ml e 500 ml), Slim e Squat (250 ml) e Sleek (269 ml).”Essas latas especiais tiveram boa aceitação e contribuíram para aumentar a competitividade da lata no mercado de embalagens”, ressaltou Frulane. Outro fator que contribuiu para o aumento do consumo na região foi o crescimento do turismo, impulsionado pela valorização do dólar. “Uma coisa puxa a outra: o dólar sobe, as pessoas passam a fazer mais viagens internas, o que impulsiona a demanda de bebidas e, consequentemente, de latas”, comenta o diretor da Crown.
O diretor executivo da Abralatas, Renault de Freitas Castro, destacou que a inauguração da nova planta da Crown em Estância aumenta a presença da lata de alumínio no Nordeste, o que se traduz também em benefício social e ambiental para a Região, uma vez que esse tipo de lata gera emprego e renda para catadores e recicladores, além de signifi car menor impacto ambiental em relação a outras embalagens para bebidas.
