23-06-2010

Consumo de latas sobe 21,8% no primeiro semestre

As vendas de latas de alumínio para bebidas no primeiro semestre superaram todas as expectativas do mercado. Depois do surpreendente aumento da demanda no verão, que chegou a provocar desabastecimento temporário em algumas localidades, a venda de latas continuou elevada, registrando um aumento de 21,8% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

Uma das explicações para esse crescimento foi a realização da Copa do Mundo de Futebol na África do Sul. As vendas em junho foram 30% superiores ao registrado no mesmo período de 2009. “As principais cervejarias lançaram latas com rótulos especiais para o evento e o consumo só não foi maior porque o time brasileiro saiu da competição nas quartas de finais”, comenta o diretor executivo da Abralatas, Renault Castro.

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Investimentos

Com a ampliação da participação da lata de alumínio no mercado de bebidas – um crescimento consistente desde o início da Lei Seca, em julho de 2008 -, os fabricantes da embalagem confirmaram investimentos da ordem de R$ 738 milhões para 2010 e 2011. “Estamos nos antecipando a uma estimativa de consumo cada vez mais qualificado, por embalagens sustentáveis. A previsão de crescimento das vendas em 2010 já está entre 10% e 12%”, explica o presidente da Abralatas, Rinaldo Lopes.

Somente com os investimentos anunciados, a capacidade de produção vai atingir mais de 24 bilhões de unidades no início de 2011, contra 16,8 bilhões registrados em 2009, um aumento de 43%. As três fabricantes – Rexam, Crown Embalagens e Latapack-Ball – terão em funcionamento, no primeiro trimestre do próximo ano, 17 unidades de produção espalhadas por 10 estados e no Distrito Federal.

O grande destaque no primeiro semestre foi a venda de latas de 473 ml, o chamado “latão”. O aumento foi de 84,5% em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas desse tipo de embalagem cresceram mais de 90% no último ano, resultado que poderá se repetir em 2010. Hoje o “latão” já representa aproximadamente 10% das latas consumidas no Brasil. Um dos motivos, explica Renault, é justamente o aumento do consumo domiciliar, uma das conseqüências da Lei Seca.

A lata squat, de 250 ml, também registrou um aumento expressivo nos primeiros seis meses de 2010: 34.5%. “A indústria de bebidas está sempre procurando oferecer ao seu cliente as melhores opções de embalagem e este formato representa para muitos a medida ideal de consumo individual”, explica Renault.

>> Notícias da Lata - Edição 32

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