Embora o percentual apurado em 2006 seja inferior ao de 2005 – quando o índice atingiu 96,2% de reciclagem – o volume coletado e reciclado no ano passado foi 9% superior ao registrado no ano anterior, cerca de 11 mil toneladas a mais. Isso porque as vendas de latas de alumínio para bebidas também cresceram no período.
Ao substituir o volume equivalente de alumínio primário, a reciclagem de 139,1 mil toneladas de latinhas evitou a extração de 700 mil toneladas de bauxita, minério do qual se obtém o alumínio. Além disso, o reaproveitamento da lata de alumínio reduz em 95% a emissão de gases de efeito estufa em relação à produção a oriunda do alumínio primário.
A economia de energia elétrica é também outro ponto de destaque na reciclagem. A produção de uma lata nova a partir da lata reciclada consome apenas 5% da energia elétrica que seria consumida no processo de fabricação utilizando-se o minério. As latas recicladas em 2006 proporcionaram uma economia de 1976 GWh/ano de energia elétrica. Isso seria o suficiente para abastecer, por um ano inteiro, uma cidade com mais de 1 milhão de habitantes, como Campinas (SP).
No Brasil, o ciclo completo da reciclagem de latas passou de 45 dias, na década passada, para 30 dias hoje. Ou seja, a latinha adquirida pelo consumidor volta para a comercialização um mês depois, passando pelo processo de coleta, reciclagem, fundição e fabricação de nova lata. A adoção de novas tecnologias permitiu também redução da quantidade de alumínio utilizado na fabricação da lata. Nos anos 70 era utilizado 1Kg de alumínio para produzir 49 latas. Hoje, com a mesma quantidade de matéria prima, consegue-se produzir 74 latas, um aumento de 51% na produtividade.
