10-04-2006

Abralatas tem novo diretor-executivo

Consolidar a Abralatas, buscar o aumento da representatividade da associação, tanto na relação com o mercado, quanto com o governo: são esses os planos do economista Renault de Freitas Castro, que assumiu a direção executiva da Abralatas no dia 22 de fevereiro, substituindo Paulo Camillo Vargas Penna, profissional que esteve à frente da entidade desde a sua fundação. Além de estimular o mercado, Castro quer sensibilizar o governo em relação à importância da indústria da lata.

O setor é social e ecologicamente correto, pois contribui para a geração de emprego e renda, inclusive para a população de baixa qualificação profissional, e é ecoeficiente, pois promove o uso racional de água e energia, ao reciclar seus produtos. Formado pela Universidade de Brasília, com mestrado na Universidade de Oxford,na Inglaterra, e MBA em Direito Econômico e das Empresas, pela Fundação Getúlio Vargas, Castro defende a necessidade de conquistar junto ao governo o reconhecimento do valor do segmento como indústria ambientalmente sustentável e postular um tratamento diferenciado, inclusive em relação à tributação. “Buscamos tratamento isonômico em relação às demais indústrias de embalagens. Queremos que seja reconhecida, em toda a sua dimensão, a importância da reciclagem de latas, que atinge índices elevados no Brasil e o colocam no primeiro lugar mundial nessa atividade”, declara.

Segundo ele, a carga tributária que recai sobre a produção de latas é superior à que incide sobre as demais embalagens, o que é injustificável, ao se considerar a economia proporcionada pelo reaproveitamento. Castro destaca que os ministérios da Fazenda e do Meio Ambiente estão lançando programas de incentivo à produção de bens ambientalmente sustentáveis, nos quais a lata se encaixa melhor que qualquer outra embalagem. “Atingimos um índice de reciclagem inédito na indústria e buscaremos o reconhecimento de setor ambientalmente sustentável. Essa posição credencia a indústria a reivindicar tratamento isonômico em relação às demais embalagens.” Renault de Freitas Castro já ocupou vários cargos na área econômica do governo federal, passando pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Infra-estrutura. Foi, ainda, conselheiro do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), entre 1996 e 1998,e, desde então, é consultor econômico.

>> Notícias da Lata - Edição 7

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