04-12-2015

98,4%

Reciclagem de lata de alumínio bate novo recorde mundial e confirma vantagens da embalagem para redução dos impactos ambientais.

O Brasil reciclou 289,5 mil toneladas de latas de alumínio para bebidas em 2014, representando crescimento de 12,5% em relação ao ano anterior. Os dados, divulgados pela Abralatas e pela Associação Brasileira do Alumínio (Abal), representam novo recorde no país e mantêm o Brasil na liderança mundial, com índice de reciclagem de latas de alumínio para bebidas atingindo 98,4%. O levantamento apontou ainda que foram recicladas no ano passado cerca de 22,9 bilhões de embalagens, o que corresponde a 62,7 milhões de latas por dia, ou 2,6 milhões a cada hora.indice_reciclagem_04

“A manutenção do índice próximo aos 100% de reciclagem é uma demonstração de que o modelo, referência para a construção da Política Nacional de Resíduos Sólidos, está consolidado e serve de exemplo para uma economia de baixo carbono, com geração simultânea de emprego e renda, conforme os objetivos que se pretende atingir na COP-21, em Paris”, afirmou Renault Castro, presidente executivo da Abralatas (foto).

 Para o coordenador do Comitê de Mercado de Reciclagem da Abal, Mario Fernandez, a indústria da reciclagem no Brasil já está bem madura. “Há mais de dez anos somos o país com o maior índice de reciclagem de latas de alumínio do mundo, com desempenhos sempre superiores a 90%. Isso demonstra a maturidade e a estruturação do mercado de reciclagem brasileiro. É um mercado cada vez mais representativo para a indústria, a sociedade e o meio ambiente”.

Os números da reciclagem da lata de alumínio, destaca Renault, revelam mais do que os benefícios ambientais que o reaproveitamento do material proporciona. “A reciclagem da lata movimenta a economia. No ano passado, apenas na etapa da coleta da sucata, as latas de alumínio para bebidas injetaram R$ 845 milhões na economia nacional, contribuindo com a geração de renda e empregos para milhares de catadores de materiais recicláveis.”

O valor é o equivalente a 1,2 milhão de salários mínimos, o que corresponde à remuneração de um salário mínimo por mês para cada habitante de uma cidade com cerca de 95 mil habitantes, como Itajubá/MG. “Estamos falando apenas do valor injetado pela reciclagem da lata. O preço da sucata de alumínio viabiliza o aumento da reciclagem de outros materiais e transforma a coleta em atividade econômica reconhecida”, disse o presidente executivo da Abralatas.

Totalmente reaproveitável, lata de alumínio ajuda a reduzir emissão de gases de efeito estufa

indice_reciclagem_01

Na divulgação do novo índice de reciclagem, a Abralatas e a Abal destacaram o impacto ambiental positivo proporcionado pelo reaproveitamento do alumínio. A reciclagem das 289,5 mil toneladas de latas em 2014 proporcionou uma economia de 4.250 GWh/ano, energia equivalente ao consumo residencial anual de 6,6 milhões de pessoas, em dois milhões de residências. Isso porque a reciclagem de cada tonelada de alumínio consome apenas 5% da energia elétrica que seria utilizada na etapa de produção do metal primário.

Os benefícios ambientais da lata de alumínio foram atestados em recente estudo realizado pelo Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea/Ital), que analisou o Ciclo de Vida da embalagem. A pesquisa revelou que a reciclagem da latinha, no percentual registrado no país para 2014 de 98%, reduz em 70% as emissões de CO2, em comparação com a embalagem fabricada com alumínio primário.

Saiba mais em: Benefícios atestados

>> Notícias da Lata - Edição 64

Mais notícias dessa publicação: